6 de mai. de 2012

PARTE I

Caros e caras,
Meu muito ‘Boa Noite’ a todos vocês!
                Espero que tenham passado o último mês bem. Eu tenho trabalhado bastante e por isso a razão da demora. Também há outra razão, e explicar-vos-la-ei. Mas antes, uma reflexão!
                Aos que não são artistas, uma pergunta: Quantos atores, atrizes, pintores, gravuristas, bailarinos, desenhistas, diretores, escritores vocês conhecem? Tenho ouvido de certas pessoas de meu círculo de convivência que eu seria o primeiro ator que eles conheceram. Assim, cara a cara, digo. O comentário, eu o ouvi de pessoas de fora do que chamamos de ‘circuito’. Médicos, engenheiros, advogados... E a surpresa sempre me soou um tanto engraçado. Até intrigante.
                Outro ponto de surpresa: após contar da trajetória trilhada desde o início do projeto prestes a ser aqui revelado, o comentário geral foi: ‘Não sabia que dava tanto trabalho!’. Digo-vos apenas: Sim! Dá trabalho e muito. O que se vê no teatro é um ínfimo de toda a empreitada necessária para se montar uma peça. Mas isso não interessa ao público, não deveria interessar. É trabalho nosso. Certo? Até a alguns meses, eu responderia que sim. Que o artista deve mostrar apenas o trabalho finalizado. Hoje mantenho essa ideia! Mas quero algo mais.
                Tem-me incomodado sobremaneira o modo como as pessoas se envolvem cada vez MENOS com projetos alheios, ideias e trabalhos. Sobe-me à impressão uma espécie de predileção pelo superficial. Em tudo. Não mais se busca amizades intensas, não mais se quer jogar com o outro, a outra, no intuito de se conseguir construir relacionamentos. E é uma pena. A arquitetura anímica só se manterá no espaço-tempo caso tenha sólidas bases, cujo nome gosto de associar a caráter e valores.
Roubado de Oscar Wilde, em paráfrase:
‘Os homens de hoje sabem o preço de tudo, porém o valor de nada’.

                Entre as dificuldades que serão expostas agora a cada semana, a ideia que sustenta o novo projeto é: Por que não envolver o público e fazê-lo participar ativamente sobre as peças a serem montadas?
Dou-lhes o projeto
‘TEATRO À ESCOLHA’
...

(fim da parte I)


Um comentário:

  1. e agora? A gente vai ficar nessa expectativa?
    Estou ansioso para saber o que será, tentar imaginar seria catastrófico.

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